Por
José Araújo,
A
Série Açores de Futsal realiza-se desde a época 2011/2012, e na época finda
como prova oficial da F.P.F., derivado há reorganização do quadro competitivo
nacional. Resta saber o que vai ser o futuro do futsal na região, em que moldes,
e com que apoios vai funcionar, pois de ano para ano vem decrescendo, face à
crise económica que vivemos.
Foi
comentado na imprensa diária e face à redução dos apoios financeiros, que a
SATA iria criar uma tarifa reduzida (40%) para os clubes. Segundo informações
que me foram chegando sobre este assunto, já foram realizadas as contas nos
clubes “cá da ilha “ e acharam positiva esta medida se não for reduzida as
comitivas de atletas pela Direção Regional.
Com
o términus da Série Açores em Futsal, no passado mês de Maio, ficou definido
quem descia aos regionais. Assim o UD Praiense e Casa da Ribeira, da AFAH, e o
FC Flamengos, da AF Horta, foram os últimos três classificados.
A
Associação de Futebol da Horta, para indicar o seu representante teve de fazer
um apuramento com o Clube Desportivo São João (CDSJ) da ilha do Pico, o Fayal
Sport Club (FSC), da ilha do Faial e o Grupo Desportivo Fazendense (GDF), da
ilha das Flores. O GD Fazendense venceu todos os
jogos de apuramento e por isso vai representar a ilha mais ocidental dos Açores,
na III Edição da Série Açores em Futsal 2013-2014.
O
clube SC Barbarense, da ilha Terceira, disputou um campeonato muito renhido com
a AD Casa do Povo dos Biscoitos, arrecadando 50 pontos no fim do campeonato da
ilha Terceira, somando menos um ponto do seu rival directo.
Face
à não realização de campeonatos nas ilhas de São Miguel e Santa Maria, a AFPD
não indica nenhuma equipa à Série Açores, por falta de interesse dos clubes de
São Miguel e Santa Maria. Aliás, Santa Maria
“desperdiçou” a oportunidade de subir para a Série Açores com mais uma equipa,
por “birras” entre clubes e que o futsal saiu a perder.
Já
pensando nos modos organizativos futuros devemos ter, na minha opinião, uma
única associação a liderar a prova que passará a ser Campeonato Regional Futsal
a partir da época 2014/2015, e com árbitros “exclusivos” da região. Uma coisa é
termos uma competição curta como é a dos torneios de seleções, com trabalho
(arbitragem, organização e disciplina), num fim-de-semana a dividir por três
associações e que muitas vezes os relatórios chegavam atrasados para se concluir
o fecho da prova e outra é uma prova de regularidade com cinco meses de jogos
por essas ilhas fora e com outras exigências organizativas, com deslocações semanais
de árbitros para as diversas ilhas.
Com
o devido respeito pelas associações de futebol será que já foi pensado os
custos das deslocações com os árbitros, e irá pagar essas despesas? Os custos
com a organização de jogos serão idênticos aos praticados pela Federação? Sem
sombras de dúvidas, e na minha opinião, terá que ser mais baixo, derivado à
passagem de nacional para regional. Quantas a equipas de formação, deverão ter
os clubes do Campeonato Regional dos Açores, uma ou duas? Qual o regulamento de
disciplina a aplicar o Federativo ou a criação de um Regional como eu já sugeri
na última cimeira das associações em que participei.
Sabemos
nós, que as Associações com menos recursos humanos de arbitragem com
“experiência no futsal” não têm ainda árbitros nos nacionais, nem à altura dos
acontecimentos de que tal prova exige, pois muitos ainda arbitram na sua Associação
o futebol e futsal.
Tendo em vista a subida de duas equipas da série
Açores na presente época e olhando para o artigo de opinião na internet do
Correio da Feira de 8 de julho, e de acordo com o C.O. da F.P.F. n.º 451, de
24-06-2013, o n.º 4 do artigo 9.º, diz que “a participação no campeonato
nacional da 2ª Divisão encontra-se dependente de que cada clube qualificado
disponha de equipas de Juniores “A” e “B”, que tenham participado nas
competições nacionais ou distritais da respectiva categoria na época anterior à
participação na prova”. Porém, e de acordo com a alínea 5, do mesmo artigo, “na
primeira época em que um clube participe apenas será obrigado a dispôr de uma
equipa de Juniores “A” ou “B”, que tenha participado nas competições oficiais nacionais
ou distritais da respectiva categoria na época anterior a participação na prova”.
Contudo na nota informativa n.º16, de 09 de Julho da
F.P.F., proferiu um esclarecimento ao C.O. da F.P.F. n.º 451, de 24-06-2013,
que a exigência nela prevista, apenas se concretiza no início da época
desportiva 2014-2015.
Assim, no fim desta
temporada, os clubes que não cumprirem com estes
pressupostos ver-se-ão relegados para os campeonatos distritais, mesmo que
desportivamente tenham alcançado o direito a participar nas provas nacionais.
Também é referido nesta nota informativa que na época
desportiva 2014/2015, é exigível que na ficha do jogo (mod.144) constem pelo
menos sete jogadores formados localmente.
E foi há poucos dias que se
realizou uma cimeira da comissão das Associações em conjunto com a Federação na
cidade de Leiria, em que estiveram presentes os presidentes da AFAH e AFH, e um
vice da AFPD, assim como as restantes Associações do País. Será que chegaram a
alguma conclusão sobre o regulamento de provas e dos cursos de treinadores, que
começam e quando?
São
estas e outras interrogações que deveram ser planeadas e esclarecidas com os
clubes participantes, com a antecedência devida, para entrar em vigor na época
2014/2015, e sem surpresas.
José
Araújo