A semelhança do que está a acontecer um pouco por todo o País, e na qual os Açores não fogem à regra, falamos pois de instituições desportivas que fazem parte de uma indústria que faz girar muito dinheiro, nos clubes. Mas a aparente bonança de alguns, parece ser o fim de outros, pois as dificuldades abundam pelos clubes do Arquipélago. E as instituições que estão agregadas à Associação de Futebol de Ponta Delgada, não são excepção. E segundo o presidente da AFPD, o futebol e o futsal, podem parar nos próximos tempos em São Miguel e em Santa Maria.
“É uma situação extrema mas que pode ser realidade em breve, após mais uma possível redução de 15% dos apoios às Associações Desportivas” – referiu o presidente da Associação de Futebol de Ponta Delgada Auditon Moniz, adiantando que “a situação começa a ser preocupante na medida em que ninguém trabalha de graça, quem faz o seu trabalho precisa de receber, tal como quem trabalha na Associação precisa de receber o seu ordenado. Na AFPD, existe a excepção da direcção, que é a única que trabalha por carolice” – referiu em entrevista à RDP-Açores. “Isto é como uma empresa, que quando não dá lucro, tem de fechar”, reiterou o dirigente associativo. Em duas épocas o corte pode atingir os 25%, dez no ano corrente, e possivelmente quinze no ano que vem.
Já esta época desportiva, os cortes originaram uma greve por parte dos árbitros, que durou cerca de um mês, com todos os inconvenientes que acarretou para clubes, directores, jogadores e mesmo para o organismo máximo do futebol micaelense.
Correio dos Açores
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