sexta-feira, 14 de março de 2014

AUDITON MONIZ CONTINUA A PRESIDIR A AFPD

A Assembleia Geral da Associação de Futebol de Ponta Delgada (AFPD), que se realizou na passada quarta-feira, contou com a presença de quinze clubes, dos quais catorze votaram uma moção de confiança, avançada por João Viveiros, presidente do CD Santo António, para que o presidente da AFPD, Auditon Moniz continue até ao final do mandato como presidente da direcção.
 
Já o último ponto de trabalhos da reunião da Assembleia Geral foi o que trouxe maior polémica, precisamente pelas questões colocadas ao presidente da Assembleia Geral sobre a continuidade do presidente da direcção em funções.
 
Lembramos que Auditon Moniz está castigado com 14 meses e foi multado em 1600 euros, tendo ainda a AFPD de pagar 3700 euros pelo crime de falsificação de documento, precisamente a alteração da data e a retirada do nome do guarda-redes do Clube Operário Desportivo, João Botelho, do boletim de jogo de carácter particular entre o Santiago FC e a equipa lagoense (COD). As críticas e as questões foram apresentadas pelos dirigentes do CD Santa Clara, Mário Batista, e do Grupo Desportivo dos Amigos do Bairro das Laranjeiras, em Ponta Delgada.
 
O presidente da Assembleia Geral, José Medeiros tentou serenar os ânimos, mas foi evasivo, nas respostas que apresentou, acabando por não serem convincentes, nomeadamente perante o presidente encarnado, Mário Batista e ao GDABL. Mário Batista, referiu à RDP –A, que o presidente da Assembleia Geral deveria, desde Novembro, ter mandado realizar uma reunião com os clubes para esclarecimento deste caso, considerado de muito grave, e que a reunião da noite da passada quarta-feira foi “encomendada” e “branqueada” além de considerar ilegal que Auditon Moniz prossiga no cargo.
 
Durante a polémica e com o presidente do Capelense a dirigir-se a Rui Cordeiro de forma insultuosa, o Grupo Desportivo dos Amigos do Bairro das Laranjeiras abandonou a reunião, pelo que não votou a moção de confiança apresentada pelo presidente do CD Santo António.
 
João Maria Viveiros disse, à RDP-A, que Auditon Moniz “há de ter a oportunidade de sair pela porta grande e que não pode ser empurrado por 2 ou 3 clubes”.
 
Na Assembleia, o dirigente João Viveiros, CD Santo António, realçou o trabalho do presidente associativo ao longo de 12 anos, e que um erro cometido acabou por ter em conta a defesa de um clube filiado.
 
Auditon Moniz interveio na reunião e em tom emocionado explicou ter cometido o lapso para defender um clube que acabou por perder um jogo ganho em campo e que o Operário ficou sem receber cerca de 4 mil euros de prémios atribuídos em quem compete na Taça de Portugal, consoante a passagem nas eliminatórias.

O relatório de contas da actividade da AFPD, relativo ao ano de 2013, foi aprovado sem grandes reparos, mas o orçamento para 2014, já com a presença do presidente do CD Santa Clara, foi muito mais demorada a aprovação, porque foi levada ao pormenor, tendo sido votada por maioria.
 
RDP-A/DFA