A Câmara Municipal de Lagoa lamenta e contesta as declarações de Duarte Borges, treinador do Santiago Futebol Clube à RTP Açores, quando se refere à perda de apoio por parte do “principal patrocinador da equipa, concretamente, a Câmara Municipal de Lagoa”.
Em primeiro lugar, importa esclarecer que a Autarquia não é patrocinadora da equipa, coopera sim com os Clubes Desportivos transferindo-lhes verbas para apoio aos escalões de formação, para a promoção do Concelho, através da utilização da palavra Lagoa, e para a gestão e manutenção dos campos municipais e não é verdade que as transferências para o Clube da Vila de Água de Pau foram reduzidas em 20 mil euros.
É de salientar que a Câmara Municipal de Lagoa estabelece protocolos de cooperação com os Clubes Desportivos semestralmente e não por época desportiva. Assim, no 2º semestre deste ano o Santiago Futebol Clube irá receber um apoio de 45.108,00 €, que correspondeu a uma redução de 5% no montante do apoio, face ao anterior protocolo. Foi uma decisão tomada à semelhança do que aconteceu com todos os outros Clubes do Concelho, mesmo assim um valor bastante irrisório tendo em conta a actual situação dos Municípios face às medidas de austeridade do Governo da República e patentes no Plano de Estabilidade e Crescimento, que implicaram cortes substanciais e imediatos para as Autarquias, no caso concreto da Lagoa, de 200 mil euros por ano.
O que já é do conhecimento da Direcção do Clube é que, em Janeiro de 2011, a gestão e manutenção do Campos Municipais, como o Campo de Futebol Mestre José da Costa Leste passará a ser assumida pela Autarquia e nessa medida o clube perderá a verba constante do protocolo para esse efeito, se bem que as contas de Duarte Borges continuam mal feitas, porque se por um lado deixam de receber esse dinheiro para a manutenção do campo, por outro deixam de ter uma série de despesas, como pessoal, equipamentos, iluminação, água, reparações, aquisição de materiais de desgaste, que passam a ser assumidas pela Autarquia, o que não pode, por via disso, ser entendido como um corte nos apoios.
Mário Nunes/CML