É que encontravam-se o primeiro e segundo classificado num jogo escaldante onde por vezes a razão deu lugar à emoção, tal era a vontade de vencer o desafio por ambas as formações em campo.
É que o Santa Clara se vencesse por 4-0, este desafio, passava para a frente da tabela classificativa, já que no encontro com o Operário na Lagoa perdeu por 3-0. Logo a necessidade de marcar golos, pois a igualdade pontual obrigava à marcação de quatro golos. Conscientes disso, os homens às ordens de Pedro Bermonte e Vitinha conduziram muito bem o desafio e até alcançaram uma vantagem no placard de algum conforto, já que ao intervalo os encarnados de Ponta Delgada venciam por 3-1. Na primeira parte foram superiores e conseguiram marcar, mas sem os fabris manterem sempre a cabeça levantada e lutarem por o lugar da liderança, que acabaram por manter apesar da derrota pela diferença mínima.
A parte complementar foi um pouco diferente com muita rapidez e alguns lances que causaram alguma polémica fora e dentro do relvado. Foi o caso do penalty assinalado sobre uma alegada falta do Santa Clara sobre o avançado lagoense, em que o árbitro assinalou grande penalidade. Os protestos foram vários por parte das hostes encarnadas, mas o árbitro Márcio Almeida não teve dúvidas e marcou mesmo o castigo máximo. Daqui nasceu mais um golo para o Operário que foi transformado por o atleta Ventura (3-2). Aliás de referir que o golo do Operário marcado na primeira parte teve o selo do mesmo atleta.
Relativamente ao Santa Clara, os marcadores deste jogo, que foi impróprio para cardíacos, foram Filipe (1) e Iuran (2).
No final da partida a nossa reportagem ouviu André Branquinho, técnico do Operário que perdeu, mas que mantêm a liderança em igualdade pontual com o Santa Clara.
“Penso que este jogo foi rápido e emocionante. Jogámos bem no inicio mas depois gradualmente perdemos o controlo, e isso acabou por dar algum espaço de manobra ao Santa Clara. Ou seja, não fomos inteligentes ao ponto de conseguir reter a bola e contra-atacar aproveitando os deslizes do adversário. É uma vitória justa do Santa Clara, pelo que fez em campo, e por isso os parabéns ao nosso adversário”. E André Branquinho foi dizendo que continua a ser o lema do Operário formar jovens e não colocá-los ou prepará-los para altas competições onde o desporto é ultrapassado em detrimento de outras situações. “Nós continuámos a querer formar jovens. É esse o nosso grande objectivo...”.
Texto e fotos: Mário Nunes