Os balneários estão localizados por debaixo da obra de construção da nova sede social e porque não estão fechadas deixam entrar toda a chuva que tem assolado a freguesia de São Roque. Ora a precipitação tem sido tão intensa que as águas das chuvas acumulam e infiltraram-se para o piso debaixo onde funcionam balneários, sala de direcção e outras.
Por exemplo, na passada quarta-feira não houve jogo porque os balneários estavam totalmente inundados.
O jogo de futebol que opunha as equipas do GD São Roque e do Operário, agendado para a noite da passada quarta-feira, dia 15, e referente à 16ª e antepenúltima jornada do campeonato de São Miguel, não se realizou devido às fortes chuvas que se fizeram sentir. Não que o relvado sintético não oferecesse condições para que o desafio se realizasse mas sim porque os balneários estavam a meter água por todos os lados!
E esta situação foi a gota de água que fez transbordar a paciência dos dirigentes do Grupo Desportivo São Roque que há mais de meio ano convivem diariamente com obras que avançam devagar. Tudo porque a prometida nova sede está “parada” no tempo e com a estrutura superior, localizada por cima dos balneários, à mercê das intempéries, a parte inferior é que paga as consequências. Aliás de referir que no dia 11, o DFA esteve junto das referidas obras e encontrou dois trabalhadores a laborar. Claro que são poucos trabalhadores para uma obra daquela envergadura.
Em Agosto passado as obras de construção da sede, novos balneários, estruturas médicas de apoio e bar pareciam decorrer a bom ritmo mas com o acentuar da crise a empreitada foi ficando para trás. Até ao final do Verão não veio mal ao mundo mas com a chegada do Inverno que consigo tem trazido fortes chuvas, não há balneários que resistam a tanta água.
BALNEÁRIOS INUNDADOS...
Na passada quarta-feira foi o dia de bater com a porta. Os balneários da equipa visitada e visitante não ofereciam condições para os jogadores se equiparem e o trio de arbitragem, também ele afectado no seu balneário, não teve outra solução que não fosse não realizar a partida devido ao mau estado em que se apresentavam as estruturas. Entretanto, a Associação de Futebol de Ponta Delgada já remarcou o jogo para a próxima terça-feira, dia 21, mas nenhum dos emblemas concordou com o agendamento. Primeiro porque poderá repetir-se a situação e segundo porque coincide com o período de férias escolares dos jovens, o que poderá proporcionar que Desportivo de São Roque e Operário possam apresentar-se desfalcados para uma partida decisiva para a atribuição do título micaelense.
Para além disso, a Direcção do clube, presidida por Paulo Rego, já fez chegar a sua insatisfação à Câmara de Ponta Delgada, ameaçando os dirigentes fechar o recinto e interditar a realização de jogos enquanto as obras não estiveram concluídas. O problema, segundo apurou a RTP-A, “é que a crise faz com que não haja verba para finalizar a empreitada”.
Mário Nunes/RTP-A
Foto: Mário Nunes