sexta-feira, 25 de março de 2011

FUTSAL: ÁRBITRO DEMITE-SE DEPOIS DA ATITUDE “POUCO DIGNA E INCORRECTA” DA RESPONSÁVEL PELO FUTSAL EM SANTA MARIA

O Futsal da bonita Ilha de Santa Maria continua a dar que falar. No seguimento das declarações proferidas por um dirigente sobre os problemas do último fim-de-semana e que estão a afectar a modalidade, auscultámos a responsável da AFPD, em Santa Maria, Paula Botelho, a qual contou a sua versão dos factos (e que já publicámos).

Sucede que quarta-feira passada, o árbitro Durval Braga, um dos visados pelas declarações de Paula Botelho, considerando que esta teve uma atitude “pouco digna e incorrecta”, apresentou formalmente a sua demissão ao Presidente do Conselho de Arbitragem da AFPD e apresentou ao DFA os seguintes esclarecimentos:

a) Estando eu em Ponta Delgada, por motivos de saúde da minha filha, recebi um telefonema do Presidente do Conselho de Arbitragem no qual o mesmo quis inteirar-se da minha situação com vista a se poder realizar as referidas nomeações para os jogos do fim-de-semana a seguir, uma vez que a falta de árbitros em Santa Maria poderia levar à deslocação de um árbitro micaelense a Santa Maria;

b) Na sequência deste telefonema informei o Presidente que, apesar da situação de doença da minha filha, estaria presente em Santa Maria e assim estaria disponível para arbitrar os jogos que o Conselho de Arbitragem entende-se por bem nomear-me;

c) No dia 19 de Março apresentei-me tal como o meu colega para arbitrarmos o jogo de Juniores como referido na nomeação enviada pelo Conselho de Arbitragem;

d) No dia 20 de Março, mais ou menos pelas 13 horas recebi um telefonema da representante da Associação de Futebol de Ponta Delgada, Paula Botelho, a perguntar-me se estava nomeado para o jogo de infantis ou se saberia quem estava nomeado pois as equipas encontravam-se no Pavilhão e não havia qualquer árbitro no local, ao qual respondi-lhe que não estava nomeado para esse jogo nem tinha conhecimento de quem estaria nomeado, afirmando-lhe que estava nomeado para o jogo de Iniciados que teria lugar às 16hrs e para o jogo de seniores que seria às 19.30 horas.

e) Nesse mesmo dia, desloquei-me ao Complexo Desportivo pelas 15hrs para arbitrar o jogo de Iniciados que teria lugar às 16hrs, tal como referido na mesma nomeação, enviada pelo Conselho de Arbitragem e ao chegar ao Pavilhão, o meu colega de equipa informou-me que o jogo já havia sido realizado e que poderia voltar para casa. Após confirmar com o funcionário do Pavilhão, e estando revoltado e extremamente indignado com toda a situação, telefonei ao Presidente do Conselho de Arbitragem, expondo-lhe o assunto, o qual referiu não ter conhecimento de nada;

f) Nesses mesmos telefonemas, mencionei ao Presidente a minha indignação pelo ocorrido e por ter vindo para Santa Maria com a minha filha doente noutra ilha e comuniquei-lhe que não estaria em condições anímicas nem mentais para dirigir o encontro de seniores que se realizava mais tarde uma vez que me sentia profundamente magoado e revoltado com toda a situação, tendo inclusive lhe comunicado que deixaria a partir daquele momento de exercer a actividade de árbitro na modalidade de futsal, o qual me comunicou que não lhe foram facultados nenhuns dados de alteração de Pavilhão ou horários dos referidos jogos;

g) Após conversa com o árbitro Miguel Teves, o mesmo me autorizou a divulgar que recebeu uma mensagem da Paula Botelho na qual mencionava a alteração do jogo de Infantis para o Pavilhão da Escola Básica e Integrada de Santa Maria sem mencionar qualquer alteração de horário do jogo, mensagem esta que eu próprio tive acesso.

Assim sendo, pretendo repor a verdade dos factos e mencionar que nenhum dos árbitros nomeados para aquele fim-de-semana (Durval Braga, Miguel Teves, José Rodrigues, Diogo Moura), com excepção do árbitro João Arruda teve conhecimento quer verbal quer por mensagem ou por outro meio de comunicação qualquer que os referidos jogos de Infantis e Iniciados tivessem sofrido alteração de horários.
Mais lamentável ainda é o facto de utilizarem o meu nome sem previamente terem averiguado os acontecimentos até à data e ao que parece estejam a criar falsas ideias sobre o que de facto se passou. Que queiram criar guerras na modalidade do futsal é algo triste e lastimável, mas não me utilizem nem a mim nem aos meus ex-colegas do sector da arbitragem para o fazerem.

Durval Braga