Auditoria compromete anterior direção...
A Assembleia-Geral (AG) Ordinária da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo (AFAH) marcada para amanhã, a partir das 10.30 horas, no auditório do Rádio Clube de Angra, prevê-se altamente comprometedora para os órgãos sociais anteriores, sobretudo para a direção então liderada por Francisco Costa.
Segundo documentos que acompanharam a convocatória para os clubes e aos quais DI teve acesso, há uma série de cheques e despesas não fundamentadas, cujos montantes ascendem a largos milhares de euros, o que levou o atual Conselho Fiscal a recomendar à direção presidida por Nuno Duarte Maciel a realização de uma auditoria externa às contas da AFAH.
A nota introdutória do Relatório e Contas 2010 sublinha que "as demonstrações financeiras dos exercícios anteriores não demonstravam a real situação financeira da AFAH, havendo uma tentativa de camuflar a mesma, ocultando os montantes dos depósitos a prazo da AFAH em contas de acréscimos".
Neste contexto, e ainda tendo por base o referido documento, o Projeto On-line (20.000 euros), Centro de Estágio (91.455 euros) e Projeto Mobilidade (33.425 euros) são exemplos de situações para as quais "não foi encontrada qualquer documentação que viabilizasse a contabilização".
Por outro lado, acrescenta a missiva que "surgiram algumas faturas (Sata, seguros, etc.) que se afirmavam pagas pela anterior direção, mas que, no entanto, não estavam".
A prestação de informações sobre o resultado da auditoria solicitada pela atual direção às contas da anterior gerência é o principal ponto da ordem de trabalhos da reunião magna da mais antiga Associação de Futebol dos Açores. Embora a AFAH não faça declarações públicas sobre o assunto até à AG de amanhã, circulam informações que a referida auditoria detetou várias irregularidades, estando em causa o destino final de verbas superiores a 200 mil euros.
Seguros, obras na sede (que aparentemente não se realizaram) e passagens são algumas das áreas em que, ao que consta, foram descobertas situações lesivas dos interesses da AFAH. Junte-se ainda uma série de documentos internos de discutível valor jurídico a justificar despesas sobremaneira elevadas, como, por exemplo, um datado de sete de janeiro de 2010, no montante de 34.780,50 euros, o qual menciona apenas "despesas diversas efetuadas durante o ano de 2009, obras no auditório, aquisição de equipamento de escritório e outras despesas".
Fonte: Diário Insular