O director do Santa Clara, Pedro Botelho, considera que o clube está no bom caminho para subir de divisão. Acredita que sem as loucuras de um passado bem recente", com moderação, contenção de despesas e aposta em jogadores jovens, o Santa Clara consegue regressar à Primeira Liga e ficar por muitos anos.
No entanto, Pedro Botelho quer ver, na Taça da Liga, os adeptos açorianos a apoiarem o conjunto insular, em vez de irem apoiar outros clubes.
Declarações de Pedro Botelho:
Declarações de Pedro Botelho:
"Até agora, pelo que me é dado a ver, o percurso para alcançar o topo tem sido bem feito. Com moderação, com contenção de despesas, apostando em jogadores jovens que pretendem alcançar um “lugar ao sol”. Só assim poderemos regressar à Primeira Liga, não cometendo as loucuras de um passado bem recente e com a certeza de que um dia que lá cheguemos estão reunidas as condições para lá ficarmos por muitos anos.
Voltando a domingo, bem, devo dizer que foi uma hora e meia de jogo de nervos, sempre com os ouvidos no rádio, sofrendo por fora, de longe, algo que ainda custa mais, custa muito mais.
No final, a ansiedade deu lugar à satisfação, ao regozijo e ao orgulho. O Santa Clara tinha conseguido, com algum sofrimento, mas também com muita justiça, um apuramento inédito.
Todavia, no meio de tudo isto, comecei também a escutar algumas conversas menos próprias, muitas vindas de adeptos que, certamente, são tudo menos pessoas que gostam e defendem os encarnados.
Ouvia: “agora sim, foi ao Estádio de S. Miguel. Oxalá fiquem no grupo do Benfica, para que possa ver o ‘glorioso’, o Jesus, o Saviola, entre outros”; ou então: “bom é que fosse o Porto. Ia ser uma romaria da Calheta para o estádio”; e até: “óptimo era apanhar o Sporting.” Pensei: como é possível? Então esta gente não quer ver o Santa Clara, não quer puxar pelo clube açoriano, quer sim ver aqueles que idolatra, semana após semana, através da televisão.
Pois bem, é isto mesmo. Há açorianos, e micaelenses em particular, que não merecem este Santa Clara, nem qualquer outro que conquiste páginas de ouro para a história do clube. Assim se percebe como, a cada jornada da Liga Orangina, o Estádio de S. Miguel apresente uma deplorável moldura humana. A estes, bem a estes, até defendo que se barre a entrada no recinto, ou então que se pratiquem preços de bilheteira que lhes obriguem a pagar “couro e cabelo” para irem torcer pelos outros.
Desculpem-me, mas penso que seria o mais sensato. Quando um açoriano não defende o que é seu, independemente do seu clubismo, não está a prestar um bom serviço à Região."
Voltando a domingo, bem, devo dizer que foi uma hora e meia de jogo de nervos, sempre com os ouvidos no rádio, sofrendo por fora, de longe, algo que ainda custa mais, custa muito mais.
No final, a ansiedade deu lugar à satisfação, ao regozijo e ao orgulho. O Santa Clara tinha conseguido, com algum sofrimento, mas também com muita justiça, um apuramento inédito.
Todavia, no meio de tudo isto, comecei também a escutar algumas conversas menos próprias, muitas vindas de adeptos que, certamente, são tudo menos pessoas que gostam e defendem os encarnados.
Ouvia: “agora sim, foi ao Estádio de S. Miguel. Oxalá fiquem no grupo do Benfica, para que possa ver o ‘glorioso’, o Jesus, o Saviola, entre outros”; ou então: “bom é que fosse o Porto. Ia ser uma romaria da Calheta para o estádio”; e até: “óptimo era apanhar o Sporting.” Pensei: como é possível? Então esta gente não quer ver o Santa Clara, não quer puxar pelo clube açoriano, quer sim ver aqueles que idolatra, semana após semana, através da televisão.
Pois bem, é isto mesmo. Há açorianos, e micaelenses em particular, que não merecem este Santa Clara, nem qualquer outro que conquiste páginas de ouro para a história do clube. Assim se percebe como, a cada jornada da Liga Orangina, o Estádio de S. Miguel apresente uma deplorável moldura humana. A estes, bem a estes, até defendo que se barre a entrada no recinto, ou então que se pratiquem preços de bilheteira que lhes obriguem a pagar “couro e cabelo” para irem torcer pelos outros.
Desculpem-me, mas penso que seria o mais sensato. Quando um açoriano não defende o que é seu, independemente do seu clubismo, não está a prestar um bom serviço à Região."
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