As três medalhas de ouro, conquistadas nas provas de 1.500 e 800
metros marcha e em estafeta, contribuíram de forma decisiva para Portugal se
ter sagrado campeão do mundo nesta competição, que reuniu desportistas de 12
países.
“Era um sonho que acalentávamos. Vir aos Açores, organizar o
segundo campeonato do mundo em nossa casa e, se possível, ter a cereja no topo
do bolo, e ela está aqui”, afirmou o selecionador nacional, Costa Pereira, em
declarações à Lusa. Costa Pereira recordou que Maria João Silva “nunca perdeu uma
prova de marcha” desde que começou a competir nos regionais adaptados nos
Açores, de onde passou depois para os campeonatos nacionais.
“Ela é campeã da Europa e duplamente campeã do Mundo”, frisou,
acrescentando que a atleta açoriana do Centro de Actividades Ocupacionais da
Santa Casa da Misericórdia da Madalena, no Pico, detém os recordes em todas as
distâncias.
Por esse facto, António Gomes, Director Regional do Desporto,
frisou à Lusa que Maria João Silva, a única açoriana na seleção nacional, é um
“motivo de orgulho” para a Região.
António Gomes fez um balanço positivo do campeonato, considerando
que foi “uma prova cuidada, tecnicamente perfeita e com um acolhimento por
parte da ilha Terceira significativo”.
A próxima edição do Campeonato do Mundo de Atletismo para atletas
com Síndrome de Down, realiza-se dentro de dois anos, na África do Sul.
Neste
II Campeonato do Mundo, que decorreu no Estádio João Paulo II, em Angra do
Heroísmo, teve a presença de 12 países, num total de 150 participantes. Portugal
sagrou-se, coletivamente, campeão mundial, seguido da Venezuela e da África do
Sul.
No cômputo final, Portugal conquistou 9
medalhas de ouro, 12 de prata e 9 de bronze.