OPINIÃO
DE JOSÉ ARAÚJO*
Escrever sobre o campeonato
de seniores de futsal da AFPD, é com algum pesar meu, dado o número de equipas
participantes na época desportiva 2011-2012, porque na época anterior foi mais
participada. Esperava-se que nesta época o número de equipas aumentasse, o que
não veio a acontecer, sabe-se lá porquê, pois agora o campeão tem assegurado
lugar na série Açores.
Para os clubes participantes
é um pouco desmotivador jogar só com quatro equipas - AC Ginetes, Universidade
dos Açores, Rabo de Peixe e Operário, estas últimas como equipas “B”, mas parar
é morrer. Ao nível dos regulamentos da F.P.F., aquela
associação em que o clube vencedor não disputar um campeonato com quatro ou
mais equipas não pode participar na época seguinte nos campeonatos nacionais.
Para uma associação, seja
ela qual for, também para aumentar os apoios financeiros governamentais deve
sim intensificar a divulgação da modalidade, acolhendo novos clubes no seu
seio, baixando os custos nas inscrições ou isenção do pagamento das
arbitragens, pois elas por si só são fator de aumento de equipas e por
conseguinte aumento do número de atletas federados.
OPERÁRIO NA SÉRIE AÇORES SEM
APOIOS DO GOVERNO…
Venceu e bem, este
campeonato o Clube Operário Desportivo, podendo esta formação participar na
série Açores pelo regulamento da F.P.F., mas sem apoios financeiros da parte do
Governo Regional, o que inviabiliza desde já uma participação condigna nesta
prova. Na minha opinião uma injustiça, isto porque houve há alguns anos a esta
parte, clubes que contornaram o espirito da lei para obter os referidos apoios
financeiros, e em nada dignificaram os Açores, trazendo sim atletas de outros
países, muitos deles duvidosos, e o futsal desde então, deu o exemplo jogando e
muito bem, com a “prata da casa” na série Açores.
Por todo o Arquipélago
açoriano, existem clubes que ainda hoje participam em campeonatos regionais e
nacionais sem que na sua ilha disputem um conjunto de jogos com pelo menos três
clubes “distintos” sem ser equipas “B”, e são apurados para disputar os “ditos”
campeonatos regionais e nacionais.
Para quem disputou 12 jogos
num campeonato com quatro equipas, tendo vencido onze jogos e perdido um, não teve
dúvidas de que o Operário conquistou com mérito o direito de representar a
AFPD. Foi também disputada a Taça de Honra, com os três clubes da serie Açores
e que teve como vencedor o Rabo de Peixe. Ainda a disputa da Taça de S. Miguel
por eliminatórias, ainda a decorrer, é a última prova para encerrar a época
desportiva. O espirito que reina neste clube é o de fazer mais e melhor com a
orientação da equipa técnica de Zeca Freitas e Paulo Rodrigues (Pauleta), para ser
o escolhido e participar na primeira equipa que com todo o mérito se
classificou em 6º lugar, na 1ª fase do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de
futsal.
Numa análise às idades dos
atletas que compõem esta equipa “B”, a média ronda os 25 anos, sendo os jogadores
mais velhos de 35 e 30 anos, de seus nomes Pedro Ramos e “Chouriço”, respectivamente.
Apesar da idade, são atletas muito experientes na modalidade e que dentro das
quatro linhas são uma mais-valia para o treinador Zeca Freitas.
Quanto à revelação da equipa
temos o Hélder, de 26 anos de idade, sem formação de futsal, mas um jogador com
uma boa técnica individual. Sabe fazer e bem, as transições defesa-ataque, com
o objectivo de criar desequilíbrios nas alas, jogando para o grupo, e não me
admirava nada se na próxima época fosse chamado aos orientados pelo Roger
Augusto.
Uma palavra de apreço pelo
investimento feito nesta equipa pela direcção do Operário presidida por Gilberto
Branquinho, que ao longo da época viu serem convocados para os treinos da
equipa principal cinco jogadores e convocados três para jogos oficiais. Quanto
ao apoio vindo das bancadas a claque oficial do clube, tem sido uma mais-valia
ao longo de toda a época.
Bem-haja a todos pelo seu
entusiasmo e dedicação que têm pelo futsal.