O Conselho de Disciplina da Federação
Portuguesa de Futebol decidiu suspender o treinador Alípio Matos pelo período
de um ano, acusando-o de incitamento à violência no final do jogo entre o
Operário e o Belenenses, disputado nos Açores, a 6 de Novembro do ano passado.
Alípio Matos recordou ao jornal “A
Bola”, que os ânimos estiveram exaltados no jogo em questão mas nega que tenha
havido qualquer tipo de agressão física. "Houve realmente umas escaramuças
no final. A equipa foi mal recebida, de forma muito agressiva, bastante
insultada, mas ninguém se agrediu", lembra.
O técnico, com um passado
assinalável ao nível do futsal nacional, com dois campeonatos
nacionais (2002/03 e 2004/05), duas taças de Portugal (2002/03 e 2004/05), uma Supertaça
(2002/03) Vice-Campeão Europeu (2004), passando por
vários clubes como Benfica, Belenenses, entre outros, não se conforma com o
castigo aplicado e atribui culpa à polícia pública presente no Pavilhão da
Escola Secundária da Lagoa.
"O comportamento da polícia
não foi o mais correcto e também nos ameaçaram de forma baixa. Fui
identificado. Nada mais. Tenho a certeza de que só o relatório das forças foi
tido em conta, já que o árbitro nada refere”.
Alípio Matos afirma agora que vai
recorrer a este castigo de forma a levar o processo até às últimas
consequências, até porque pensa que estão a fazer passar uma imagem errada
sobre a sua pessoa e sobre o que realmente se passou no final do jogo entre o
Operário e o Belenenses, a contar para a 10ª jornada da fase regular do
Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época passada, que terminou com um triunfo
da equipa açoriana (4-3). "Fui insultado e ameaçado e sou o bandido. Não
admito que coloquem em causa a minha dignidade", vincou Alípio Matos.
O DFA apurou junto de alguns
espectadores da modalidade, que se recordam do jogo na Lagoa e relatam que “foi
um jogo muito disputado. No final houve trocas de palavras entre as equipas com
alguns empurrões à mistura, mas nada que justificasse tal castigo, pelo menos
pelo que foi visível observar das bancadas”.
DFA /FutsalGlobal
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