quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

CONSELHO DE ARBITRAGEM DA AFPD DEMITIU-SE…

O Conselho de Arbitragem da AFPD demitiu-se ontem. A notícia que apanhou alguns de surpresa, pois o presidente Adriano Cabral, já tinha apresentado uma vez a sua demissão, que na altura não fora aceite pelo presidente Auditon Moniz.
 
Mas ontem à tarde a notícia surgiu, e foi confirmada a um matutino micaelense, por o próprio Adriano Cabral, que “trouxe” consigo os outros dois membros do Conselho de Arbitragem, da AFPD, José Roque e José Hipólito. Este Conselho de Arbitragem que já conta com seis anos de exercício decidiu assim demitir-se, devido aos problemas das intromissões nos relatórios dos árbitros. “Houve intromissão nos relatórios da arbitragem por parte da AFPD, mais concretamente no desafio de futebol entre o Santiago e o Operário, e foi o que se chama o entornar do copo”, referiu Adriano Cabral ao CA.

Aliás, conforme o DFA apurou, esta situação reporta-se ao sucedido na ficha de jogo do encontro entre o Santiago e o Operário, do dia 18 de Agosto, "que tinha sido adulterada", e por isso, o Conselho de Arbitragem decidiu bater com a porta. Reportamo-nos ao Torneio de Homenagem ao ex-atleta Fábio Pires. Em causa o facto do nome do guarda-redes do Operário, João Botelho ter constado na ficha de jogo, o que não podia acontecer porque não estava inscrito.
Segundo Adriano Cabral, na continuação das suas declarações, referiu que esta demissão já estava equacionada desde os fins de Novembro, e só não se passou à prática devido às provas dos escalões que decorriam na altura. “Já são seis anos e também já estava a acusar algum cansaço” – disse o presidente demissionário.
 
Esta demissão acontece numa altura desportiva sensível em São Miguel, pois a situação de violência nos recintos de jogo, com o chamado “Código de Segurança”, que não se sabe se vai ser colocado em prática, pois não tem data de arranque, e depois toda a controvérsia em seu torno. Para além disso, os clubes micaelenses a começarem a sentir-se aflitos em termos económicos por redução de verbas, e com a formação em alguns clubes a perigar, o desporto saí fragilizado.

Texto e foto: Mário Nunes/DFA