No
passado domingo, na
Vila piscatória de Rabo de Peixe, o Desportivo local recebeu e venceu o
Marítimo da Graciosa, mas tiveram que suar a camisola que envergavam, e de que
maneira. Para os atletas de Jaime Vieira levarem de vencida a formação da
Graciosa, foi preciso os locais unirem esforços, jogar numa toada de coesão e
união acima de tudo, pois os atletas da Ribeira Grande não esperavam tanto
empenho por parte dos visitantes.
O CD Rabo de Peixe entrou em
campo a pressionar bastante e teve logo nos primeiros minutos algumas oportunidades
de golo, mas que pecavam na finalização. Mas tantas vezes o Rabo de Peixe
atacou em busca do golo, que o mesmo acabou por fazer a sua aparição aos 24
minutos, por intermédio de Lélé. E embalados pelo primeiro golo, os locais
voltaram a visar volvidos quatro minutos, numa jogada pela esquerda com
cruzamento para a área onde se encontrava Valtinha totalmente solto de marcação, e desta
forma a fazer o segundo golo para os da casa.
O Marítimo da Graciosa não
desarmou, mas encontrava sempre pela frente uma formação bem estruturada e
muito bem definida, tanto mais que aos 35 minutos, surgiu mais uma oportunidade
flagrante para os locais dilatarem o marcador. Na continuação desta jogada e em
contra-ataque do Marítimo, o atleta Gervásio não perdoou e reduziu para 2-1.
Assim, terminou a primeira parte, com o Rabo de Peixe a ir para os balneários a
vencer por margem mínima, o que não trazia segurança para a segunda metade do
encontro para os homens da casa.
Por volta dos 60 minutos, e
após a marcação de um pontapé de canto, com a defesa dos locais a ficar parada,
novamente Gervásio a aproveitar para igualar a partida (2-2).
O técnico Jaime Vieira que
não gostava muito do que via, pois nos seus horizontes estava apenas a vitória,
mexeu no seu esquema táctico, tirando Tiago e Leandro, e refrescando o ataque da
sua equipa com a presença de Vítor Vieira e Osvaldo. Estas alterações
provocaram uma autêntica revolução em campo, que levou por várias vezes a que o
Rabo de Peixe estivesse com o golo nos pés, mas a pouca sorte aliada à falta de
pontaria e ao guarda-redes visitante, sempre muito atento, fazia teimar o
resultado numa igualdade a duas bolas.
Os últimos minutos foram um
autêntico frenesim, com os nervos a pairar dentro e fora das quatro linhas. Já
perto do final do encontro, surgiu um livre na esquerda que foi bem executado
por Márcio Lima, onde apareceu Yaya para a rececpção, que de cabeça e num gesto
rápido fulminou autenticamente o guardião do Marítimo (3-2).
Uma vitória muito sofrida,
mas a premiar a formação que durante os 90 minutos mostrou maior força de
vontade em arrecadar os três pontos em disputa, e essa equipa foi o Rabo de
Peixe.
Texto e Foto: Jaime Sousa