César
Fonseca, 27 anos de idade, com 1,66
metros de altura e um peso 67 kg, é um importante jogador de futsal do Atlético
Clube Ginetes, que joga na posição de ala/pivot. Depois de vários anos no
futebol, onde fez a sua formação, decidiu passar para o futsal, onde tem dado
cartadas e até onde já conquistou títulos, nomeadamente, ao serviço do
Operário.
Mais conhecido no mundo do futsal por Fonseca, este jovem começou a sua
vida desportiva no futebol, como a maior parte dos jovens. Aliás, Fonseca fez a
sua formação no Clube Desportivo Oliveirenses, na freguesia da Fajã de Cima, em
Ponta Delgada, onde principiou aos 5 anos a dar os primeiros toques na bola.
Seguiu então a sua formação no futebol, tendo chegado aos seniores, onde
fez o primeiro ano no CD Rabo de Peixe, a convite do presidente Jaime Vieira.
Fez o seu primeiro ano como sénior sob as orientações do técnico Luís Rebelo, o
que trouxe a Fonseca muita experiência e aprendizagem no mundo da bola. Mas
alguns problemas pessoais acabariam por levá-lo, nesta primeira época como sénior,
a ingressar no Águia Clube Desportivo, onde seria calorosamente recebido.
Fonseca afirma que “foi, durante quatro anos seguidos no Águia, que
senti que tinha crescido, desportivamente, perante o apoio incondicional da
direcção e dos colegas de equipa. Era um clima fantástico, que muito me ajudou
a ser, hoje, o que sou. Ao meu lado, tive como colegas de equipa, jogadores
como Pedro Santos, Marco Santos, Raposeira, Jorge, Serginho, Ivo Rego e muitos outros”.
Com o Águia Desportivo no coração, Fonseca nos tempos livres dava por si
a jogar “futsal” nos ringues e pavilhões, com os amigos, o que acabou por
despertar uma nova realidade desportiva, nunca antes imaginada por César
Fonseca. Então em 2009, Fonseca decidiu abandonar o futebol 11, e dedicou-se
exclusivamente ao futsal federado, sendo o seu primeiro clube o Grupo
Desportivo Pico da Pedra, na Ribeira Grande.
Para quem jogou uma vida no futebol, interrogou-se várias vezes se de
facto seria mesmo o futsal que pretendia para a sua vida desportiva. Mas de
facto, era mesmo o futsal que iria dominar um jovem indeciso. Os primeiros seis
meses foram difíceis, pois sempre que Fonseca terminava um treino, ia para o
seu veículo, escrever e relembrar os lances que executara. “Era uma forma de
aperfeiçoar-me e, simultaneamente, para ajudar-me a integrar melhor na modalidade.
Aqui, contei com o apoio incondicional de meu amigo Pedro Ramos, que foi
incansável para me alertar para todos os truques do futsal…porque começar algo
de novo, não é fácil…”.
E se o Pico da Pedra foi a rampa de lançamento de Fonseca, eis que surgiram
de imediato outras equipas, tais como “Os Valentes”, Operário, Capelense, CE Vila
Franca, Atlético Clube Ginetes que representou na época passada, “onde tive
momentos de grande felicidade. Senti que honrei a minha camisola e por isso
fiquei muito feliz por ter contribuído para equipa, e sei que tudo o que fiz, pelo
grupo, foi o melhor. Se fui o melhor marcador da equipa o privilégio não é só meu,
mas sim dos meus colegas que em muito contribuíram para isso. Ser o melhor
marcador só é possível quando temos um conjunto coeso, uma equipa técnica e
direcção fantásticas”.
E Fonseca aproveitou a nossa reportagem para deixar agradecimentos ao
treinador Zeca Freitas, assim como ao mister Paulo Rodrigues (Pauleta) pelo
trabalho desenvolvido, que, na época passada, deixou marcas nos Ginetes, e na Serie Açores da 3ª Divisão Nacional.
Fonseca deseja para a época 2013/ 2014, a subida à 2 divisão Nacional, mas
como “sabemos não é fácil, porque todas as equipas estão num patamar de igualdade,
mas acredito que podemos chegar longe, porque é tudo possível. Temos que
trabalhar mais e com a humildade de todos podemos chegar lá. Nada é impossível
só depende de nós próprios”.
Até agora, como jogador o que mais marcou este atleta foi a conquista do
campeonato regional pelo Operário “B”, e ser chamado à equipa principal do
Operário, assim como a manutenção dos Ginetes.
De referir que Fonseca renovou pelos Ginetes, o que para ele é uma
grande alegria pois sente que o clube continua a acreditar nas suas capacidades
técnicas e pessoais.
Mário Nunes (Jornalista)
Fotos: Direitos Reservados