O picoense Roberto Silva iniciou a sua vida desportiva no União Desportiva Calhetense como guarda-redes, tendo abandonado o clube da sua formação com 20 anos de idade, por imposição legal, com o intuito de cumprir serviço militar obrigatório, na Ilha de São Miguel. Mas, simultaneamente com o serviço militar, Roberto Silva avançou para o futebol de salão, na altura com grande projecção. Passou pelo Sport Lagoa e Benfica, Gatos Pretos, Operário e, mais tarde, pelo “Os Valentes”, onde se sagrou campeão de São Miguel, e vice-campeão dos Açores.
Os anos
foram passando e após ter conquistado os referidos títulos, Roberto Silva
decidiu abandonar a competição, mas ficou sempre ligado ao clube “Os Valentes”.
Decide então tirar o curso de treinador de primeiro nível e passou a treinar
alguns escalões de formação de “Os Valentes”.
Com o passar
dos anos, o seu trabalho ganha mais forma e o seu reconhecimento desportivo
começa a enquadra-se no mundo do futsal de “elite”, e por isso acabou por ser
convidado, na época passada, para voltar ao Clube Operário Desportivo, desta
vez como treinador dos guarda-redes da equipa sénior, que militava na 1ª
Divisão Nacional, e simultaneamente o escalão de juniores em conjunto com Veto
Camargo, André Sousa e Paulo Roxo.
“Este foi de
facto o ponto mais alto da minha carreira, pois para além de ser uma honra
trabalhar numa equipa como o Operário, trabalhei com atletas de alta
competição, que jogavam no patamar máximo do futsal português. E depois foi a
felicidade de o Operário ter apostado e reconhecer o meu trabalho. Isso foi
enriquecedor na minha vida desportiva e pessoal. Gostaria de deixar ainda,
através do DFA, um agradecimento público à direcção do Operário pela aposta e
por tudo o que fizeram para que eu conseguisse desenvolver o mais e melhor
possível o meu trabalho. O meu muito obrigado a estes grandes homens do futsal”
– referiu Roberto Silva.
JUVENTUDE CANDELÁRIA
É O CLUBE QUE SE SEGUE…
Roberto Silva, na época que se aproxima, vai abraçar um projecto ambicioso, que
passa por ser o coordenador de todos os guarda-redes do CDJ Candelária,
incluindo os seniores.
“Esta era de
facto uma oportunidade que não podia recusar, até porque partiu de um convite
do presidente e vice-presidente do clube, Rui Manuel e Sérgio Roias. Depois
conheço bem a maneira de trabalhar deste clube, no que diz respeito à
modalidade, e que vai de encontro à minha ideologia. Por isso mesmo digo com um
certo à vontade que foi com muita felicidade que aceitei este convite. Claro
que reconheço que agora tenho uma grande responsabilidade, mas estou pronto
para trabalhar e ajudar atletas e clube a evoluírem no futsal”. Este técnico pretende
levar o Juventude Candelária ao mais alto nível do futsal açoriano. “Quero
ajudar a que o Candelária seja um exemplo a seguir por outros clubes…”.
Relativamente
ao futsal e ao actual momento que vive a modalidade, Roberto Silva considera
que o “futsal é uma modalidade em franco crescimento. Já existem vários clubes
que têm, por força deste crescimento, realizado vários encontros entre técnicos
de futsal na Ilha de São Miguel e Terceira, assim como a acções de formação que
são muito importantes para aperfeiçoar o nosso saber”.
Mário Nunes (jornalista)