O Presidente da Câmara Municipal de Lagoa,
João Ponte, já assinou os protocolos financeiros, para o segundo semestre, com
o Clube Operário Desportivo e com o Santiago Futebol Clube, num montante global
de cerca de 53 mil euros. Este é
um apoio que a autarquia renova anualmente e que tem por objetivo a cooperação
financeira entre a autarquia e os clubes, no âmbito do desenvolvimento e
dinamização desportiva do concelho.
O autarca lagoense ressalva que, “a Câmara Municipal de Lagoa
tem feito um enorme esforço no apoio aos clubes“, salientando que “é verdade
que o apoio já foi maior, mas, considerando a conjuntura económica muito
difícil, a perda de receitas, o corte nas transferências do orçamento de estado
e a exigência colocada à autarquia em reduzir despesas, temos que ajustar os
apoios aos orçamentos disponíveis.”
João Ponte diz ainda ter consciência que é difícil um clube dos
Açores manter os níveis competitivos, principalmente para quem está na
2ªdivisão B, como é caso do Clube Operário Desportivo, pelos custos acrescidos
que existem, mas há que adaptar a realidade às novas circunstâncias e o caminho
passa por “apostar mais na formação e nos jogadores da região.” Mesmo assim, a
autarquia manteve os apoios financeiros a estes dois clubes. O Clube Operário Desportivo recebeu uma verba de 34.488,25€, para fazer
face às despesas de manutenção e gestão do Campo de Jogos Municipal João
Gualberto Borges Arruda e dos escalões de formação do Clube.
No que diz respeito ao Santiago Futebol Clube, o mesmo recebeu uma verba
de 18.205,50€ que se destinará a apoiar os escalões de formação e comparticipar
as despesas de manutenção e gestão do Campo de Jogos Municipal Mestre José da
Costa Leste.
Estes são protocolos que surgem da ação municipal que se reveste
de grande importância para o desporto no concelho e que pretende promover uma
perspetiva não só competitiva, como também formativa, através dos escalões de
formação.
A Câmara Municipal de Lagoa tem como objetivo central o
desenvolvimento e a dinamização desportiva no concelho, assente em princípios
que se prendem com a rentabilização dos equipamentos existentes e com a
fomentação da prática desportiva a todos os grupos etários e setores sociais da
população, havendo por isso, uma aposta camarária na continuidade de uma
política de apoio aos agentes e associações desportivas que garantam o
dinamismo do movimento associativo local.
João Ponte destaca igualmente “a importância dos clubes
desportivos e das instituições culturais e sociais para a formação da
sociedade, salientando a importância dos apoios autárquicos dados às mesmas, e
que se não fossem os mesmos muitas destas instituições estariam em
dificuldades. “As cerca de cinquenta instituições têm que ter o mínimo de
condições para subsistir para continuarem a realizar o trabalho que têm feito e
que é insubstituível e que se fosse feito pelo estado sairia muito mais
caro”acrescentou.
DFA/CML