Pelo Director Regional do Desporto,
“1 -
Do ponto de vista da produção legislativa salienta-se a recente aprovação em
sede da Assembleia Legislativa Regional de uma alteração ao Decreto Legislativo
Regional que enquadra o Regime jurídico ao apoio ao movimento associativo
desportivo.
O
diploma atualmente em vigor tem cumprido bem a sua função e permitido uma
estabilidade ao nível do desenvolvimento desportivo regional, cujos elementos
de caraterização evolutiva o demonstram.
Mantendo-se
as grandes linhas de orientação do mesmo, com o novo diploma procedeu-se a uma
reformulação de algumas áreas fundamentalmente a uma adequação à nova realidade
dos modelos competitivos regionais de regularidade anual de deslocações,
reconhecendo-se o papel socialmente relevante e economicamente vantajoso,
destas competições cuja dispersão geográfica abrange cada vez mais ilhas.
Ainda
nesta área mas também abrangendo a expressão competitiva nacional, o novo
diploma reforça as condições de acesso aos apoios pela utilização de atletas
formados nos Açores e no clube, de forma a incentivar os clubes a corresponderem
a uma orientação assumida de valorização e utilização efetiva do seu trabalho e
dedicação, que se verifica a nível da formação dos seus jovens praticantes,
contribuindo assim para a criação de maiores oportunidades de afirmação dos
mesmos.
No
âmbito do alto rendimento e visando o apoio ao trabalho de procura e obtenção
de resultados de excelência, o novo diploma reforça-se as responsabilidades do
sistema educativo no acompanhamento da aplicação das medidas de apoio na sua
área de intervenção e clarifica e reforça as possibilidades de apoios aos
projetos especiais de preparação no âmbito do alto rendimento visando a
participação em ambiente Olímpico ou Paralímpico.
No
contexto do desporto adaptado reforçou-se a sua total e efetiva integração no
modelo de desenvolvimento desportivo açoriano numa perspetiva de integração
social e de igualdade de oportunidades, dando corpo à ideia de que o desporto
açoriano é verdadeiramente de todos e para todos.
2 –
Quanto à área das infraestruturas e equipamentos desportivos, reforçamos o fato
de que apesar dos condicionalismos financeiros existentes, nos ter sido
possível continuar a disponibilizar todo o Parque Desportivo Regional, de forma
a que o mesmo deu resposta de qualidade às necessidades quer da atividade
curricular das aulas de educação física e do desporto escolar, quer do desporto
federado e ainda da promoção da atividade física desportiva. Não podemos deixar
de salientar ainda que nos foi possível proceder à inauguração da obra de
cobertura do Polidesportivo da ilha do Corvo e do Pavilhão polidesportivo da
Achada no Nordeste da Ilha de S. Miguel, e ainda à adjudicação da construção de
mais dois pavilhões de proximidade, nas freguesias de Santa Bárbara na ilha
Terceira e de Santo Espírito em Santa Maria.
3 -
No que respeita à face habitualmente mais visível, porque mais mediática do
desporto, o desporto federado, foi um ano de continuidade da afirmação da
representação açoriana no contexto nacional e internacional, que se traduziu na
participação de 14 equipas dos desportos coletivos nos níveis competitivos mais
elevados, 7 em níveis competitivos intermédios, 4 em níveis competitivos
inferiores e 32 equipas em Séries Açores.
Em
termos de classificações e só para referir as mais expressivas, salientam-se os
títulos obtidos pelo Clube Desportivo Ribeirense de campeão nacional da 1ª
divisão e vencedor da Taça de Portugal de Voleibol, na mesma modalidade mas em
masculinos pela Associação de Jovens da Fonte do Bastardo que venceu a Taça de
Portugal respetiva. Em ténis de mesa pelo Grupo Desportivo do Salão Recreativo
“Os Toledos” que em seniores masculinos venceu o Campeonato nacional da 1ª
divisão e também a Taça de Portugal e na mesma modalidade o Grupo Desportivo do
Centro Social do Juncal que foi campeão nacional por equipas em juniores e
infantis femininos.
São
também referenciáveis, as participações em provas internacionais de 5 equipas.
Nos
desportos individuais e com direito a prémio de classificação estão
referenciados até ao momento 43 classificações num dos 3 primeiros lugares de
provas nacionais dos quais 9 são de 1ºs lugares.
Uma
palavra especial pelo mediatismo que encerra, para o título de campeão nacional
de ralis obtido pelo piloto Ricardo Moura.
Quanto
à expressão mais elevada no nosso desporto de competição, o Alto Rendimento e
as Seleções Nacionais, que se traduziu como já é habitual
por várias chamadas a seleções nacionais de atletas formados nos Açores e que
continuam a representar clubes açorianos, tivemos este ano um ponto
particularmente marcante aquando da presença no Campeonato do Mundo de Judo no
escalão de seniores masculinos, disputado no passado mês de agosto no Rio de
Janeiro, de 4 atletas representantes de clubes açorianos sendo que 3 deles são
formados nos Açores. Esta representação correspondeu a 50% do total da seleção
nacional masculina que participou na referida prova!
Do
ponto de vista de um dos pilares fundamentais das nossas opções de
desenvolvimento desportivo, a atividade dos jovens, é justo referir que apesar
das dificuldades pelas quais a nossa sociedade em geral vai passando, o número
de jovens envolvidos nos diferentes projetos de apoio desde as “Escolinhas do
Desporto” , passando pela “Atividade de treino e competição dos escalões de
formação” e até á promoção da atividade física desportiva sem enquadramento
competitivo formal, o número de crianças e jovens envolvidos nas atividades e
como tal beneficiando de processos de formação mas desportiva que complementam a sua atividade educativa
escolar e auxiliam na sua formação integral como cidadãos, se manteve, e até
foi ligeiramente superior aos anos anteriores.
4 –
No contexto da promoção da atividade física desportiva referencia-se a
normalidade da concretização do programa de atividades do desporto escolar nomeadamente
dos projetos Megasprinter/Megasalto; Corta Mato Escolar e da 24ª edição dos Jogos
Desportivos Escolares, este ano sob o lema “JDE - JUVENTUDE, DESPORTO E ÉTICA”.
Também o programa “Açores Ativos” se desenvolveu com normalidade dando conta de
que a atividade física desportiva é cada vez mais uma preocupação da população
açoriana em geral.
5-
Finalmente no contexto do desporto adaptado, área que a todos deve merecer cada
vez mais um maior reconhecimento e carinho, ao nível da atividade regular
estiveram envolvidos cerca de 930 cidadãos portadores de deficiência e
concretizados para a participação daqueles que desenvolvem a sua atividade
de forma federada os Torneios Regionais de Atletismo Adaptado (participação de 9
entidades e 73 atletas) e Futsal adaptado (6 entidades e 56 participantes),
Em
termos de participações Nacionais participaram 11 atletas no Campeonato
Nacional de Atletismo Adaptado, 1 equipa de futsal no Campeonato Nacional de
Futsal Adaptado e 1 equipa de goalball na Taça de Portugal de Goalball.
Refira-se
ainda a integração de uma atleta açoriana (Maria João Silva, da Santa Casa da
Misericórdia da Madalena) na seleção Nacional de Atletismo de Síndrome de Down,
com participações em campeonatos europeus e no campeonato do mundo”.