No pavilhão da escola
secundária da Lagoa assistiu-se no passado sábado a um grande derby de futsal entre
o Clube Operário Desportivo e o CD Rabo Peixe, em desafio a contar para a 15ª
jornada do campeonato nacional da 2ª Divisão - Série “B”.
As bancadas do
pavilhão estiveram quase esgotadas com a presença dos adeptos da Lagoa bem como
muitos presentes da Vila de Rabo de Peixe. Uma nota muito positiva deste
encontro, ao abrir de forma gratuita a entrada a todos aqueles que quiseram
assistir ao jogo, numa manifestação de divulgação do futsal. Quanto ao
comportamento de todos os intervenientes foi excelente, desde as bancadas à
quadra do jogo, em que os intervenientes só se preocuparam em jogar futsal.
Após estes breves
considerandos sobre momentos que antecederam o encontro, tivemos nos Lagoenses
ao minuto 1:30 de jogo a inauguração do marcador por intermédio de Nuças, após
uma jogada de envolvimento de toda a equipa. Volvidos escassos minutos sobre o
primeiro golo e Nuças elevou o marcador para 2–0, numa jogada de insistência do
Operário. Nestes primeiros dez minutos da primeira parte foi sem dúvidas o
Operário que mais pressionou, tendo Simas enviado ainda uma bola de calcanhar ao
poste esquerdo e só não marcou um golo após uma saída precipitada de César
Cabral.
Para quebrar o ascendente
dos fabris, o Rabo Peixe organizou o seu jogo, com o técnico António Fernandes a
pedir aos seus jogadores calma e cabeça fria na transposição da bola. Teve
alguns remates de Leonardo “Chamon” com algum perigo perto do poste da baliza
adversária. E quando faltavam jogar sete minutos da primeira parte, Cláudio,
dos fabris cometeu uma “falha” ao tentar entregar a bola a um seu colega. Gerou-se
uma pequena confusão perto da linha da grande área, com falhas de remate de
Leonardo “Chamon” e Viola.
Após a marcação de um livre
directo com barreira favorável ao Rabo Peixe, Bruno Arruda a rematar com perigo
para a baliza adversária e só não deu em golo porque Nuças cortou nos últimos
instantes a bola evitando assim um golo certo. E foi aos 48 segundos finais que
a passe de Simas para Lambu, que este último falha à beira da linha de golo,
pelo que o resultado foi para o intervalo 2–0, favorável ao Operário.
O CD Rabo Peixe entrou a
todo o “vapor” na parte complementar com o objectivo de reduzir o marcador, tendo
realizado um primeiro remate com perigo por intermédio de Leonardo “Chamon” a
passe de João Arantes. Foi com algumas falhas nos remates e chegada tardia ao
passe que Chamon e Nuno Ferreira, não reduziram o marcador.
O Operário teve no seu
atleta Simas um atleta insatisfeito que rematou inúmeras vezes, autênticas
“bombas” à baliza adversária, mas César Cabral estava lá, e muito atento às
jogadas do ataque adversário. O Rabo Peixe em jeito de resposta ripostou também
com uma “bomba” de Bruno Arruda na zona fontal a sensivelmente 10 metros da
baliza, para boa defesa de Cláudio.
Nos 5 minutos finais ambas
equipas repartiram as oportunidades de golo, tendo por parte do Operário, Simas
e Lambu falhado com remates por alto. No Rabo Peixe, Leonardo “Chamon” ensaiava
os seus sprintes pelas laterais, e quando faltavam 31 segundos para o termo do
encontro rematou cruzado para a baliza a passe de Bruno Arruda, marcando o
primeiro e único golo do Rabo de Peixe, tendo logo de seguida terminado o
encontro com o placard a acusar 2–1, favorável ao Operário. Se no jogo da
primeira volta o Rabo Peixe sofreu o golo do empate nos segundos finais, desta
vez foi só o reduzir do marcador.
Quanto à equipa de
arbitragem formada por Rui Silva da AF Viseu e Nuno Oliveira, AF Coimbra,
estiveram à altura do jogo, pois não tiveram casos difíceis de decidir durante
os quarenta minutos de jogo, mostrando sim alguns amarelos por infracções às
leis de jogo.
Texto e Fotos: José Araújo