Estivemos
à conversa com Fonseca, 29 anos de idade, estatura média, e uma autêntica
máquina de fazer bom futsal, é o mais recente reforço do CD Rabo Peixe, na
presente época desportiva. Cresceu muito como jogador com os treinadores Zeca
Freitas e Paulo Rodrigues (Pauleta) e no AC Ginetes, e joga na posição de
ala/pivot. Depois de alguns anos a jogar futebol, acabou por optar e jogar pela
primeira vez futsal pelo Grupo Desportivo Pico da Pedra, na Ribeira Grande, estávamos
no ano de 2009.
Considera que a época passada foi bastante
positiva para o AC Ginetes e para si. Porque se transferiu para o CD Rabo
Peixe?
Sim considero bastante
positiva, alcançamos o objectivo do clube que era a manutenção. Porque é uma
oportunidade que nenhum atleta recusaria para uma segunda divisão. Se consegui
chegar a este nível foi devido ao meu trabalho e de todos os meus treinadores e
colegas.
Na
presente época vai representar o CD Rabo Peixe com pergaminhos já conhecidos no
futsal micaelense e açoriano, como encara esta “nova” oportunidade?
Encaro com normalidade e
responsabilidade para alcançar os meus objectivos como atleta, e os do CD Rabo
Peixe.
Jogar
com jogadores com outra maturidade desportiva é sempre uma mais-valia, como tem
sido a sua integração no CD Rabo Peixe?
A minha integração tem sido
excelente, e poder jogar com jogadores com outra maturidade torna mais fácil
por em prática pelo que é uma mais-valia pessoal para o colectivo.
Já
fez dois jogos particulares pelo CD Rabo Peixe, já marcou contra o Clube NC.
Como tem corrido a sua adaptação a novos métodos e colegas novos?
Sim fiz dois golos, claro
que foi bom entrar com pé direito, fiz o primeiro treino na terça e jogamos o
particular na quarta e depois treinamos na quinta-feira e fizemos ainda o
particular no sábado. Só fiz dois treinos naquela semana, com os novos colegas.
A minha integração foi mais fácil porque alguns já tinham jogado com a maioria
deles em outras equipas, por isso a minha adaptação foi mais fácil.
O que falta para o Futsal evoluir mais em São
Migue e nos Açores?
O futsal em São Miguel e nos
Açores já evolui em alguns aspectos. Temos quatro equipas na segunda divisão,
tivemos uma equipa dois anos na 1ª Divisão, já é levar o nome dos açores além do
futsal. Outros aspectos poderiam ser
melhorados no futsal em São Miguel. Um melhor planeamento do trabalho nos
clubes na formação, para que as crianças possam evoluir melhor, pelo que não é
só por a “jogar bola” pois ainda se vê isso em alguns clubes. Têm de se
trabalhar mais e acreditar que temos na formação potenciais jogadores no futuro.
Em São Miguel devíamos ter uma academia de futsal e a partir dai sim já o
futsal podia ter mais alguma evolução nos Açores.
O que pensa do jogador de
futsal micaelense? Acha que já há maturidade desportiva para estar num patamar
mais exigente de treinos e jogos?
Não sou ninguém para julgar
os jogadores micaelenses, mas os atletas açorianos tem um grande potencial. Falta
ser exigente consigo próprio. Além disso, tem de ser um treinador que goste
muito da modalidade e ser correspondido pelo seu atleta, o que faz com que as coisas
acontecem normalmente. Qualquer atleta micaelense pode estar num patamar mais
exigente, tem é que trabalhar mais e melhor, para evoluir e dar o salto na
progressão, pois foi isto o que me aconteceu comigo. Neste momento onde me
encontro sempre pensei estar e tenho ainda de trabalhar ainda mais e melhor
para poder chegar ao meu objectivo pessoal.
Quais são os seus objetivos pessoais a médio curto
prazo?
O meu objectivo pessoal
neste momento é ajudar ao clube que represento e poder deixar a minha marca na
2ª divisão como jogador açoriano, e poder competir contra atletas mais evoluídos
na modalidade.
Texto e fotos: José Araújo