A Câmara Municipal de Lagoa encontrou uma solução jurídica e financeira para a realização das obras do sintético do Campo de Jogos Mestre José da Costa Leste, em Água de Pau. O anúncio foi feito hoje pelo Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, João Ponte, durante a assinatura de um contrato-programa entre a autarquia lagoense e o Santiago Futebol Clube, numa cerimónia que decorreu na sede de Junta de Freguesia de Água de Pau.
Orçadas em cerca de 330 mil euros, as obras do novo sintético vão avançar em breve e, embora ainda não haja uma previsão concreta para a conclusão das mesmas, prevê-se que tal aconteça no final do mês de Agosto, ou no início do mês de Setembro deste ano.
João Ponte frisou ainda a ideia de que “há um compromisso que a autarquia lagoense assumiu com grande dificuldade, mas com determinação”, justificando que é uma obra necessária e inevitável pois só assim o clube tem condições para jogar e para treinar.
Refira-se ainda que o contrato-programa hoje assinado contempla uma verba de 37.550,00 € a atribuir ao Santiago Futebol Clube durante o segundo semestre deste ano. À semelhança do que sucedeu com o Clube Operário Desportivo também neste contrato-programa se assiste a uma redução nas verbas atribuídas e que espelham as dificuldades financeiras que existem actualmente tanto ao nível do país, como dos municípios.
Assim sendo, houve uma redução de 15% nas componentes ligadas à actividade principal do clube, designadamente em relação à equipa de futebol sénior e à manutenção do Campo de Jogos Mestre José da Costa Leste, sendo que a nível da formação, a redução foi de apenas 5%.
“Ou seja há claramente um sinal que é dado e que se prende com a aposta na formação, bem como uma maior aposta em orçamentos equilibrados e na formação de equipas com jogadores regionais. Desta forma, consegue-se garantir a sustentabilidade do clube e a promoção do desporto, objectivos que desejamos e ambicionamos, pelo que é neste sentido que assinamos este contrato-programa com o Santiago”, referiu.
A concluir, João Ponte reforçou ainda a ideia de que “se há menos recursos disponíveis e se a maior parte, é públicos, tanto os jogadores como as equipas técnicas têm de perceber que as coisas mudaram, pelo que se não houver sinais de mudança por parte destes, no futuro os clubes não terão condições para manter as equipas com a mesma qualidade”.
Mário Nunes/CR/CML