REPORTAGEM
A partir de 1972, o judo ganha a sua própria autonomia, sendo que em 1974 é criado o Judo Clube de Ponta Delgada. Sensei Masatoshi Ohi, com o seu dinamismo e a colaboração dos seus alunos mais velhos, e ainda o apoio da Direcção Geral dos Depósitos, estende a prática do judo a vários locais da ilha de S. Miguel, Ribeira Grande, Lagoa, Água de Pau, Furnas, Fajã de Cima, Escola Preparatória Robertos Ivens, bem como a outras ilhas dos Açores. Falámos mais especificamente da Ilha Terceira, Faial, Pico e Santa Maria, surgindo mais tarde também na Ilha de S. Jorge.
Em 1976, é então criada a Associação de Judo do Arquipélago dos Açores, fruto da reorganização do movimento desportivo nacional, ficando as Associações distritais e regionais com a incumbência de organizar a modalidade nas suas áreas territoriais.
Os primeiros açorianos a obterem classificações em provas nacionais, foram os atletas do judo, em 1970, sendo eles , Luís Cunha, Fernando Goyanes e Duarte Feijó, vice campeões nacionais nas suas categorias de peso, feito nunca antes alcançado por nenhuma modalidade praticada nos Açores. Com o incremento das cargas de treinos e maior número de atletas, em 1974 surgiu o primeiro campeão nacional, Francisco Azevedo, no escalão de Esperanças (15/16anos).
Em 1976, António Tomé de Medeiros, também campeão nacional é o primeiro açoriano, com prática desportiva na região, a acaba por representar a selecção nacional de judo, em Strasburg. Desde então, o judo açoriano tem vindo sempre a melhorar as suas classificações a nível nacional e internacional, sempre com atletas formados no Arquipélago açoriano.
A modalidade tem todos os anos, mais do que um campeão nacional, desde o escalão de Juvenis, primeiro escalão em que há campeonatos nacionais, até ao escalão de seniores.
No curriculum de classificações do judo, dos clubes de S. Miguel e S. Jorge, temos 171 primeiros classificados, 182 segundos classificados e 326 terceiros classificados, em campeonatos nacionais e internacionais, para além de uma centena de 5º lugares.
“Não há dúvida que a modalidade, em termos de resultados, é a modalidade com mais qualidade dos Açores. Atletas da região têm conseguido representar Portugal nas provas mais importantes do calendário internacional, campeonatos da Europa e do Mundo, faltando apenas uma representação nos jogos Olímpicos, tarefa nada fácil, mas que não é impossível de se conseguir, bastando ser um dos 32 melhores do ranking mundial de cada categoria de peso, o que se consegue com um maior investimento em provas do calendário internacional e muito treino, coisa que os nossos atletas estão habituados".
DFA/AJAA
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