segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

OPINIÃO: DESPORTO NOS AÇORES 2012 POR JOSÉ ARAÚJO

Por José Araújo,
Futsal
“O bom percurso desportivo que o Clube Operário Desportivo na ilha de S. Miguel que fez ao longo deste ano no campeonato nacional da 1ª Divisão, participando pela primeira vez e conseguindo a manutenção, ficando entre os primeiros seis classificados, foi orientada até final da época desportiva pelo Prof. Roger Augusto.
A subida à 2ª divisão nacional dos Matraquilhos da ilha Terceira, depois da boa caminha na disputa da Série Açores, com a grande aposta de jogadores jovens e oriundos da sua formação, muito bem orientada pelo Nuno Vieira, treinador jovem mas com muito futuro.
A realização pela primeira vez da série Açores em futsal, o bom nível competitivo demonstrado nos jogos, como tive oportunidade de escrever algumas crónicas ao longo da época. Uma aspeto também muito positivo nas equipas participantes na série Açores: é que jogaram com atletas formados nos Açores e com treinadores residentes no Arquipélago. De realçar ainda o fato de uma equipa da AFH ter sido treinada por uma mulher.
A manutenção no quadro de observador nacional do Gustavo Frade, da AFPD e do Paulo Campos da AFAH.
Manutenção no quadro de arbitragem nacional do Paulo Couto e do José Artur da AFPD, do José Silveira e do Sérgio Silva da AFAH, este último subiu à 1ª categoria nacional.
As subidas ao quadro nacional Nuno Estrela da AFPD e Filipe Ferreira da AFAH, bem como o regresso ao futsal do Bráulio como observador nacional, despois de se ter afastado da modalidade como formador de árbitros.
Ao nível dos campeonatos da AFPD, um fato muito positivo no futsal feminino com o aparecimento do Clube Operário Desportivo com uma equipa sénior. O aparecimento também do Atlético Clube do Ginetes com uma equipa feminina de juniores veio colmatar uma lacuna na oferta de desporto naquela zona da ilha.
Ao nível dos séniores masculinos não sei o que se passa com a falta de interesse dos clubes nas competições federadas, pois só se inscreveram na AFPD, a Atalhada FC e o Norte Crescente, muito embora outros clubes fossem contatados, mas não lhes foi dado nenhumas contrapartidas financeiras para aderirem. Como modalidade que é o futsal de franca expansão a nível regional e nacional deveria ter mais apoios da parte da AFPD, siga-se o exemplo da congénere de Angra do Heroísmo.
Nos juniores masculinos pelo número de clubes inscritos neste escalão viu-se um decréscimo de seis equipas, sem que a AFPD fizesse alguma coisa para inverter esta descida. Poderá se pensar que estes atletas migraram para os seniores, mas tal fato não é verdade, pois não existe provas oficiais nesta categoria.
De realçar o aparecimento da seleção Sub-20 em masculinos, treinada pelo Prof. Sérgio Roque, que participou na 1ª fase Nacional em Beja – Alentejo. Os jogadores selecionados, muitos deles não estavam em plena atividade, outros estão inseridos em clubes que participam na Série Açores, pelo que dificultou a escolha. Faltou um estágio nas férias do Natal, como fez Angra do Heroísmo, para dar ritmo competitivo, uma falha grave no meu entender, não sei se do selecionador ou do gabinete técnico da AFPD.
Futebol
Nas provas associativas o aparecimento da 2ª divisão sem ser necessário escalões de formação e com incentivos da AFPD, será proveitosa esta aposta !!! O tempo dirá…
Um fato negativo ao nível da formação a agressão de um jogador do G.Desportivo de S. Roque ao árbitro César num jogo de formação, com consequências graves para o jogador. Por aquilo que conheço do S.Roque e do seu coordenador técnico Emanuel Ferreira, pessoa muito dinâmica e correta, foi um fato casual que não se deve repetir para bem do futebol e do clube em causa que tão boas provas tem dado da sua organização e participação em quase todos os anos nas fases regionais e nacionais.
Um outro fato muito positivo foi a realização em S. Miguel do Torneio Lopes da Silva, numa organização AFPD e da FPF, com o apoio do Governo Regional, que trouxe a S.Miguel todas as associações do país. Pelo que constatei, correu da melhor maneira, trazendo a esta ilha muitos pais e familiares dos atletas e ainda a promessa de cá voltarem em breve. Da minha parte foi um reviver de boas relações de amizade e desportivas conquistadas ao longo dos quase nove anos que estive na direção da AFPD, por isso uma mais-valia para a Ilha e para a Região dos Açores.
Ao nível da direção da AFPD a demissão em bloco de três dos seus membros, um por motivos de saúde e os outros sabe-se lá porquê, pelo que foi alegado, foram motivos familiares, o futuro dirá se foi ou não devido ao célebre jogo Santiago – Operário da dita Taça Amizade…
A tomada de posse dada pelo presidente da Assembleia Geral, pela substituição dos quatro elementos da direção, fazendo avançar os dois suplentes, sendo um deles o filho do presidente André Moniz e indo recrutar outros dois um já com provas dadas num clube desta ilha para presidente adjunto. Vamos a ver se aposta foi certa ou não, o tempo mais uma vez o dirá.
A demissão em bloco dos três membros do Conselho de Arbitragem chefiado por Adriano Cabral, por intromissão nos relatórios dos árbitros da AFPD e cansaço do mesmo, segundo o que foi publicado na imprensa desta ilha.
Substituição de dois membros do conselho de disciplina, pois o Luís Barbosa era pau para toda obra, levando com muita dignidade o cargo que ocupa já lá vão alguns anos.
Em resumo neste segundo ano de mandato a AFPD, foi remodelada em nove elementos, sendo quatro na direção pois o presidente ficou só com a demissão de quatro dos cinco elementos, um aspeto a destacar pela negativa...
Foi assim o futebol e o futsal nas ilhas do grupo Oriental no ano de 2012”.