Por José Araújo,
Futsal

A subida à 2ª divisão
nacional dos Matraquilhos da ilha Terceira, depois da boa caminha na disputa da
Série Açores, com a grande aposta de jogadores jovens e oriundos da sua
formação, muito bem orientada pelo Nuno Vieira, treinador jovem mas com muito
futuro.
A realização pela primeira
vez da série Açores em futsal, o bom nível competitivo demonstrado nos jogos, como
tive oportunidade de escrever algumas crónicas ao longo da época. Uma aspeto também
muito positivo nas equipas participantes na série Açores: é que jogaram com
atletas formados nos Açores e com treinadores residentes no Arquipélago. De
realçar ainda o fato de uma equipa da AFH ter sido treinada por uma mulher.
A manutenção no quadro de
observador nacional do Gustavo Frade, da AFPD e do Paulo Campos da AFAH.
Manutenção no quadro de
arbitragem nacional do Paulo Couto e do José Artur da AFPD, do José Silveira e
do Sérgio Silva da AFAH, este último subiu à 1ª categoria nacional.
As subidas ao quadro
nacional Nuno Estrela da AFPD e Filipe Ferreira da AFAH, bem como o regresso ao
futsal do Bráulio como observador nacional, despois de se ter afastado da
modalidade como formador de árbitros.
Ao nível dos campeonatos da
AFPD, um fato muito positivo no futsal feminino com o aparecimento do Clube
Operário Desportivo com uma equipa sénior. O aparecimento também do Atlético
Clube do Ginetes com uma equipa feminina de juniores veio colmatar uma lacuna
na oferta de desporto naquela zona da ilha.
Ao nível dos séniores
masculinos não sei o que se passa com a falta de interesse dos clubes nas
competições federadas, pois só se inscreveram na AFPD, a Atalhada FC e o Norte
Crescente, muito embora outros clubes fossem contatados, mas não lhes foi dado
nenhumas contrapartidas financeiras para aderirem. Como modalidade que é o
futsal de franca expansão a nível regional e nacional deveria ter mais apoios
da parte da AFPD, siga-se o exemplo da congénere de Angra do Heroísmo.
Nos juniores masculinos pelo
número de clubes inscritos neste escalão viu-se um decréscimo de seis equipas,
sem que a AFPD fizesse alguma coisa para inverter esta descida. Poderá se
pensar que estes atletas migraram para os seniores, mas tal fato não é verdade,
pois não existe provas oficiais nesta categoria.
De realçar o aparecimento da
seleção Sub-20 em masculinos, treinada pelo Prof. Sérgio Roque, que participou
na 1ª fase Nacional em Beja – Alentejo. Os jogadores selecionados, muitos deles
não estavam em plena atividade, outros estão inseridos em clubes que participam
na Série Açores, pelo que dificultou a escolha. Faltou um estágio nas férias do
Natal, como fez Angra do Heroísmo, para dar ritmo competitivo, uma falha grave
no meu entender, não sei se do selecionador ou do gabinete técnico da AFPD.
Futebol
Nas provas associativas o
aparecimento da 2ª divisão sem ser necessário escalões de formação e com
incentivos da AFPD, será proveitosa esta aposta !!! O tempo dirá…
Um fato negativo ao nível da
formação a agressão de um jogador do G.Desportivo de S. Roque ao árbitro César
num jogo de formação, com consequências graves para o jogador. Por aquilo que
conheço do S.Roque e do seu coordenador técnico Emanuel Ferreira, pessoa muito
dinâmica e correta, foi um fato casual que não se deve repetir para bem do
futebol e do clube em causa que tão boas provas tem dado da sua organização e
participação em quase todos os anos nas fases regionais e nacionais.
Um outro fato muito positivo
foi a realização em S. Miguel do Torneio Lopes da Silva, numa organização AFPD
e da FPF, com o apoio do Governo Regional, que trouxe a S.Miguel todas as
associações do país. Pelo que constatei, correu da melhor maneira, trazendo a
esta ilha muitos pais e familiares dos atletas e ainda a promessa de cá voltarem
em breve. Da minha parte foi um reviver de boas relações de amizade e
desportivas conquistadas ao longo dos quase nove anos que estive na direção da
AFPD, por isso uma mais-valia para a Ilha e para a Região dos Açores.
Ao nível da direção da AFPD
a demissão em bloco de três dos seus membros, um por motivos de saúde e os
outros sabe-se lá porquê, pelo que foi alegado, foram motivos familiares, o
futuro dirá se foi ou não devido ao célebre jogo Santiago – Operário da dita Taça
Amizade…
A tomada de posse dada pelo
presidente da Assembleia Geral, pela substituição dos quatro elementos da
direção, fazendo avançar os dois suplentes, sendo um deles o filho do
presidente André Moniz e indo recrutar outros dois um já com provas dadas num
clube desta ilha para presidente adjunto. Vamos a ver se aposta foi certa ou
não, o tempo mais uma vez o dirá.
A demissão em bloco dos três
membros do Conselho de Arbitragem chefiado por Adriano Cabral, por intromissão
nos relatórios dos árbitros da AFPD e cansaço do mesmo, segundo o que foi
publicado na imprensa desta ilha.
Substituição de dois membros
do conselho de disciplina, pois o Luís Barbosa era pau para toda obra, levando
com muita dignidade o cargo que ocupa já lá vão alguns anos.
Em resumo neste segundo ano
de mandato a AFPD, foi remodelada em nove elementos, sendo quatro na direção
pois o presidente ficou só com a demissão de quatro dos cinco elementos, um
aspeto a destacar pela negativa...
Foi assim o futebol e o futsal
nas ilhas do grupo Oriental no ano de 2012”.