Na conversa que tivemos com
o treinador de 2º nível, Sérgio Roías da equipa de
seniores do Clube Desportivo Juventude Candelária, relatou-nos as suas perspectivas para a época que se
avizinha e deixou uma mensagem aos nossos leitores.
José
Araújo – Com que jogadores contam para a presente época?
Sérgio
Roías – Contamos com 13 jogadores, tendo 11 deles passado pela
nossa formação, 5 dos quais estão no clube desde os infantis. É um grupo que
pauta pela irreverência própria da juventude e pela amizade que há entre todos.
Felizmente é um grupo que dá-me confiança em termos de qualidade de jogo e que
tem grande margem de progressão.
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Sérgio
Roías – Passa essencialmente por os jogadores assimilarem o
meu modelo de jogo, ganhando uma mentalidade de trabalho cada vez mais próxima
das equipas de topo; pretendo que a equipa tenha um índice competitivo muito
alto tanto nos jogos como nos treinos; mas acima de tudo gostaria muito que a
equipa sénior fosse um exemplo em termos de atitude, qualidade de jogo, coesão
de grupo e fair play de forma a passar estes valores e mística aos miúdos da
formação. Em termos competitivos passa por lutar até ao fim por todas as
competições.
JA – O
que se torna necessário para o desenvolvimento do futsal na ilha de São Miguel?
Sérgio
Roías – Primeiro acho que é necessário a AFPD criar melhores
condições aos clubes (embora reconheço um melhoramento este ano), de modo a
haver mais clubes com o escalão de seniores, bem como haver um coordenador
somente para o FUTSAL (é urgente haver uma quebra entre o futsal e o futebol).
Segundo - acho que devíamos
fazer o que se fez há uns anos no futsal espanhol (partilha de metodologias de
treino, princípios, ideias, entre outras medidas, por parte dos agentes da
modalidade).
Terceiro - na minha opinião
devia se criar um documento orientador único (com os conteúdos orientadores
para cada escala, metodologias, valores a passar, etc.) para todos os clubes.
Teria impacto a médio prazo na evolução da modalidade na região, embora
concorde que não seja fácil impor isso…
JA –
Concorda com a “não” obrigação de escalões de formação para quem tem equipas
seniores a competir nas provas associativas, na presente época desportiva?
Sérgio
Roías – Concordar, não concordo mas a verdade é que essa
medida não teve efeitos práticos negativos este ano, visto que existe mais
equipas nos escalões de formação.
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Sérgio
Roías – Claro que é insuficiente, até acho que é um pouco
frustrante para quem adora a modalidade e despende muito tempo nela ter tão
poucas horas de treino, que no meu caso resume-se a 2h30 semanais.
JA –
Acha que na freguesia já era tempo de haver um pavilhão para o treino e
competição para o grande número de atletas do CD Juventude Candelária?
Sérgio
Roías – Depois de tudo o que já vivi neste clube diria que é
um sonho meu este pavilhão pois aí teremos muitas mais possibilidades de
crescer como clube.
JA –
Sabemos que o CD Juventude Candelária tem um projecto para o futsal, que
objectivos pretendem atingir?
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JA – O
que acha da arbitragem da AFPD?
Sérgio
Roías – Muito sinceramente estou agradado com o trabalho da
arbitragem na AFPD, os árbitros estão muito mais abertos ao diálogo, e em
termos de aspectos técnicos tem havido um enorme melhoramento. Sei que os
árbitros tem a preocupação de se reunirem para rever situações e isso é
benéfico. Não preocupo-me muito com as suas performances pois tal como os
jogadores e treinadores erram despropositadamente.
JA –
Para terminar uma mensagem aos leitores e amantes do futsal.
Sérgio
Roías – Como amante da modalidade gostaria de ver mais pessoas
envolvidas na modalidade, independentemente do lugar. Convido a quem gosta da
modalidade a integrarem os clubes porque só com pessoas é que os clubes
crescem, acrescentando a vossa presença nos pavilhões é motivo de satisfação
para quem trabalha na modalidade.
Texto e Fotos: José
Araújo