A Assembleia
Geral da Associação de Futebol de Ponta Delgada (AFPD), que se realizou na
passada quarta-feira, contou com a presença de quinze clubes, dos quais catorze
votaram uma moção de confiança, avançada por João Viveiros, presidente do CD
Santo António, para que o presidente da AFPD, Auditon Moniz continue até ao final
do mandato como presidente da direcção.

Lembramos
que Auditon Moniz está castigado com 14 meses e foi multado em 1600 euros, tendo
ainda a AFPD de pagar 3700 euros pelo crime de falsificação de documento,
precisamente a alteração da data e a retirada do nome do guarda-redes do Clube Operário
Desportivo, João Botelho, do boletim de jogo de carácter particular entre o
Santiago FC e a equipa lagoense (COD). As
críticas e as questões foram apresentadas pelos dirigentes do CD Santa Clara,
Mário Batista, e do Grupo Desportivo dos Amigos do Bairro das Laranjeiras, em
Ponta Delgada.
O
presidente da Assembleia Geral, José Medeiros tentou serenar os ânimos, mas foi
evasivo, nas respostas que apresentou, acabando por não serem convincentes,
nomeadamente perante o presidente encarnado, Mário Batista e ao GDABL. Mário
Batista, referiu à RDP –A, que o presidente da
Assembleia Geral deveria, desde Novembro, ter mandado realizar uma reunião com os
clubes para esclarecimento deste caso, considerado de muito grave, e que a
reunião da noite da passada quarta-feira foi “encomendada” e “branqueada” além
de considerar ilegal que Auditon Moniz prossiga no cargo.
Durante
a polémica e com o presidente do Capelense a dirigir-se a Rui Cordeiro de forma
insultuosa, o Grupo Desportivo dos Amigos do Bairro das Laranjeiras abandonou a
reunião, pelo que não votou a moção de confiança apresentada pelo presidente do
CD Santo António.
João
Maria Viveiros disse, à RDP-A, que Auditon Moniz “há de ter a oportunidade de
sair pela porta grande e que não pode ser empurrado por 2 ou 3 clubes”.
Na
Assembleia, o dirigente João Viveiros, CD Santo António, realçou o trabalho do
presidente associativo ao longo de 12 anos, e que um erro cometido acabou por
ter em conta a defesa de um clube filiado.
Auditon
Moniz interveio na reunião e em tom emocionado explicou ter cometido o lapso
para defender um clube que acabou por perder um jogo ganho em campo e que o
Operário ficou sem receber cerca de 4 mil euros de prémios atribuídos em quem
compete na Taça de Portugal, consoante a passagem nas eliminatórias.
O
relatório de contas da actividade da AFPD, relativo ao ano de 2013, foi
aprovado sem grandes reparos, mas o orçamento para 2014, já com a presença do
presidente do CD Santa Clara, foi muito mais demorada a aprovação, porque foi levada
ao pormenor, tendo sido votada por maioria.
RDP-A/DFA