A Câmara Municipal de Lagoa assinou ontem contratos-programa com seis instituições desportivas do concelho, num montante global de 165 mil euros, em que o Clube Operário Desportivo será apoiado em 87 mil euros, sendo que para o Santiago Futebol Clube a verba atribuída será na ordem dos 35 mil euros. Para o Clube de Patinagem de Santa Cruz a autarquia lagoense atribui uma verba de 12,6 mil euros, cabendo à Atalhada Futebol Clube 6,8 mil euros, à Associação Juvenil do Clube Operário Desportivo 16,5 mil euros e ao Clube Náutico de Lagoa 5,1 mil euros.
No que se refere aos contratos-programa assinados, os mesmos espelham uma redução em relação ao ano anterior e que se deve à redução das receitas arrecadas pelo município. “Apesar destes cortes estamos certos que será possível a estas instituições manterem a sua atividade normal, pois todos nós temos que inovar na gestão e reduzir nos custos”, referiu, acrescentando que em comparação aos últimos dois anos, registou-se uma redução acumulada cerca de 87 mil euros.
Porém, João Ponte referiu que as verbas que foram reduzidas “mais cedo ou mais tarde vão ser aplicadas no âmbito do desporto no concelho”, sendo que, para este ano, estão previstas algumas importantes intervenções, como é o caso das novas instalações para o Clube Náutico de Lagoa uma obra que o edil considerou de grande importância para o desporto náutico na Lagoa.
O autarca lagoense referiu ainda que a edilidade pretende colocar um piso sintético no polidesportivo da Atalhada, anexo à pousada da juventude que, para além de contribuir para requalificar aquele espaço, dará outras condições para a prática desportiva, tornando-o uma mais-valia para a própria pousada, como equipamento complementar a esta. Está ainda previsto, para o presente ano, a colocação de um piso sintético no polidesportivo da Ribeira Chã.
João Ponte aludiu ainda à entrada em funcionamento da nova pousada da juventude em Abril, desafiando os clubes presentes a divulgarem este novo equipamento às equipas adversárias que venham jogar à Lagoa, para ali ficarem alojadas.
Na ocasião, o autarca lançou um desafio ao próximo governo regional dos Açores para que o mesmo repense os subsídios que atribui aos clubes regionais, na modalidade de futebol, no âmbito da palavra Açores, em que João Ponte considerou existir uma situação perfeitamente desequilibrada e injusta em relação ao que apoio que é atribuído ao Santa Clara e aos que são atribuídos aos clubes que militam na 2ª divisão e na 3ª divisão.
Num futuro próximo, terá de haver coragem de, a bem do desporto açoriano, acabar com esta proteção ao Santa Clara porque nós não vamos ter condições, no futuro, de manter os apoios que temos vindo a atribuir e isso poderá levar à perda de competitividade dos nossos clubes e reduzir-se a sua participação apenas em competições regionais, se nada for feito.
CM Lagoa
